19 de ago. de 2013

Sexta-feira da 20ª Semana do Tempo Comum




REZANDO COM O EVANGELHO DO DIA

(LECTIO DIVINA)

Sexta-feira da 20ª Semana do Tempo Comum


1) Oração

Ó Deus, que preparastes para quem vos ama

bens que nossos olhos não podem ver;
acendei em nossos corações a chama da caridade
para que, amando-vos em tudo e acima de tudo,
corramos ao encontro das vossas promessas que superam todo desejo.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

2) Leitura do Evangelho  (Mt 22,34-40)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus - Naquele tempo, 34Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se 35e um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo à prova: 36Mestre, qual é o maior mandamento da lei? 37Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Dt 6,5). 38Este é o maior e o primeiro mandamento. 39E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18). 40Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas. - Palavra da salvação.

3) Reflexão
a. O texto se ilumina. Jesus está em Jerusalém e, especificamente no Templo, onde há um confronto entre ele e seus adversários, sumos sacerdotes e escribas (20,18; 21,15), entre os sumos sacerdotes e os anciãos do povo (21,23) e entre os sumos sacerdotes e os fariseus (21,45). O ponto de controvérsia do debate é: a identidade de Jesus ou do filho de David, a origem de sua identidade, e, portanto, a questão sobre a natureza do reino de Deus. O evangelista apresenta este entrelaçamento de debates com uma seqüência de controvérsias que apresentam um ritmo crescente: o tributo que se deve pagar a César (22,15-22), a ressurreição dos mortos (22,23-33), o maior mandamento (22,34-40), o Messias, o filho e Senhor de Davi (22,41-46). Os protagonistas das três primeiras discussões são expoentes do judaísmo oficial que tentam colocar Jesus em dificuldades sobre questões cruciais. Estas disputas são dirigidas a Jesus como "Mestre" (rabi), este título diz ao leitor sobre o entendimento que os interlocutores têm de Jesus. Mas Jesus aproveita a oportunidade para levá-los a perguntar-se uma questão mais crucial: a última tomada de posição sobre sua identidade (22,41-46).
b. O maior mandamento. Na esteira dos saduceus que os precederam, novamente, os fariseus propõem a Jesus uma questão entre as mais evidentes: o maior mandamento. Dado que os rabinos sempre evidenciavam a multiplicidade das prescrições (248 mandamentos), foi feita a pergunta a Jesus sobre qual é o preceito fundamental. No entanto, os próprios rabinos tinham criado uma verdadeira casuística para reduzi-los tanto quanto possível: David elenca onze (Sl 15,2-5), Isaías, seis (Is 33,15), Miquéias, três (Mi 6,8), Amós, dois (Am 5,4) e Habacuc, apenas um (Hab 2,4). Mas na intenção dos fariseus a questão vai além da pura casuística, trata-se da própria essência das prescrições. Jesus respondendo une o amor a Deus e o amor ao próximo, ao ponto de fundi-los em um só, mesmo sem renunciar a dar prioridade ao primeiro, ao qual subordina de modo estreito o segundo. Na verdade todas as prescrições da lei chegavam a 613, são postos em relação com este único mandamento: a lei inteira encontra significado e fundamento naquele amor. Jesus faz um processo de simplificação de todos os preceitos da lei: aquele que põe em prática o mandamento do amor não só está de acordo com a lei, mas também com os profetas (v. 40). No entanto, a novidade da resposta não está tanto no conteúdo material como na sua realização: em Jesus, o amor a Deus e ao próximo encontram o seu contexto próprio, sua última solidez. Isso quer dizer que o amor a Deus e ao próximo, mostrado e realizado de alguma forma em sua pessoa, direciona o homem a colocar-se diante de Deus e dos outros mediante o amor. O único mandamento em dois, o amor a Deus e ao próximo, se tornam os pilares principais, não só das Escrituras, mas também da vida do cristão.

4) Para um confronto pessoal
1. O amor a Deus e ao próximo é para você apenas um vago sentimento, uma emoção, um estímulo passageiro ou uma realidade que envolve toda a sua pessoa: coração, vontade, inteligência e traço humano?
2. Você foi criado para amar. Você está ciente de que a sua realização acontece no amar a Deus com todo o coração, com toda a alma, com toda a mente? Tal amor exige uma constatação de caridade para com os irmãos e as suas situações de vida. Você vive isto na prática diária?

5) Oração final
Que louvem o Senhor por sua bondade
e por suas maravilhas em favor dos homens.
Pois saciou quem tinha sede,
e cumulou de bens os que tinham fome. (Sl 106, 8-9)



2 comentários:

  1. Gostaria de dizer muitas coisas para o Senhor... más vou resumir em: O SENHOR TE ABENÇOE!! Sou terceira Carmelita

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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